TANGO

Adiós Nonino...

Ouves?

Guardo da música amargos momentos...

teu hálito de conhaque,

a escrita bêbada no diário,

tuas pequenas crueldades.

Eu, no canto do quarto,

um pássaro acuado.

Ah, como pesa este tango,

meu amor tão insensato!

Pronuncia o adeus há muito adiado,

bebe a última lágrima consentida,

desabita minhas lembranças.

Não te quero mais!

Não te quero mais!

Beija-me, outra vez...