SUPLÍCIO
Plantei roseiras no meu coração,
De rosas brancas, negras, amarelas.
Abri, tranquilo, todas as janelas
Do bardo peito, triste, sem paixão.
Pus-lhes estrelas, ricas arandelas,
E renovei as sedas das cortinas;
Dei-lhes, do céu, as cores celestinas
E fiz o mar quebrar bem junto delas.
Mas..., entretanto, quanto mais me aplico...,
Mais me esforço..., tanto mais suplico...,
O coração me foge, mais me falta...
E mais e mais resiste, não se verga...
Meu coração é assim..., nunca se enxerga...;
Mais solitário fica..., mais me mata!