Tão teu, como foras de ningém.
O desejo arde na mulher com chama corpórea;
A grande flor vermelha suspende o berço da loucura
Imorais na profissão do amor, coadjuvantes na cama aleatória.
O vinho lembra o sangue, na cor e doçura;
Padre que castiga os amantes, intensifica o peso da sua cruz,
O sanatório está aberto para os normais sem cura.
O fogo de Camões esquenta a volúpia arredia sem luz;
Miséria libertina, padrão da inapetência sexual
Anseio lascivo conducente, como o beato comendo o corpo de Jesus.
As ondas vão e vem como atos do ápice mental;
A carne supera a razão impertinente:
Fálicos, libidinosos, meretrizes da conjuntura moral
A mulher não apenas leva consigo o néctar de um novo ser existente;
Todas, todas paixões avassaladoras percorrem linhas e curvas
O grande mar aberto, marinheiro de outras viagens. No amor, inexperiente.
A sedução atrai e contamina as mãos limpas e com suas luvas,
Não há saída, basta entregar-se para os desejos e concupiscências
A vida retorna laconicamente a sua amargura sem o sabor das doces uvas.
A viagem da sexualidade só acaba na airosa anatomia feminina e suas excelências,
O poder da voluptuosidade esta à mercê das mulheres para adornar suas coroas
Nem diamante, nem prata, nem ouro são tão brilhantes e carregados de efervescências.