Medo

Frio que assola minha alma

Como manto, vem meu espírito envolver

Limitando de vez minha vontade

Rogo aos céus por um momento de calma

Desejo braços carinhosos para me acolher

Enquanto me debato na temporalidade

Cor escura e densa ao meu redor

Sufocando o desespero, nublando minha visão

E pulsa contraído meu ser desesperançado

Há de vir um tempo, mais atento e melhor

Que destrua para sempre os laços da ilusão

E liberte meu juízo do passado

Defrontar-se com o medo

É algo assustador

Que nos deixa temporariamente sem ação

Ele próprio contém o segredo

Desvendado pela dor

Que rasga, sem piedade, o coração

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 18/04/2005
Código do texto: T11882