I é a vida.

Ele tem um balanço no corpo, minha perdição,

Olhos convidativos, a dizer serem minha salvação.

Mãos divinas, toques macios, fortes,

Voz de deus a conduzir meu tesão, paixão.

Provoca meus instintos, excita minha loucura

E não hesita em roubar meus gemidos,

Gritos e beijos na nuca, nua em suor.

Quando cala fala de minhas taras,

Destila meus desejos, afina com requinte

O sabor do amor desmedido.

Abre-me nova poesia,

Classifica letras,

Neologismo averiguado na carne.

Inventa poses, sorri em minhas pernas,

Lava-me, nova língua recria.

Suga-me em versos, entorna-me vadia canção.

Quando penso pele venero a lembrança

De suas viagens em meu corpo

A anunciar a boa nova de hoje:

Sinal aberto!

Eliane Alcântara
Enviado por Eliane Alcântara em 11/03/2006
Código do texto: T121728