FALTOU TÍTULO...
É noite. Só há nós dois neste universo... e a lua como testemunha...
Guardei-me... não desafiei...não me entreguei... não aprendi a voar...
E, agora, tendo-te como companheira, é que percebo que não tive asas...
Não aprendi a dar saltos...os precipícios me davam medo...este é o meu segredo...
Pensei que a vida fosse um brinquedo...não pensei no degredo...
E tu, companheira? A estrada é tão curta e estreita...rejeita minha receita...
Voa... alcança a lua... seja de ti tua... vá em frente... não recua...
Deixa a dor da solidão e faz como o condor...que tem o céu sem predador...
Não temas precipício... vale a pena o sacrifício...melhor que o desperdício
Da vida...não se dê por vencida...e neste mundo não estás perdida...
Num tapete mágico...que realizará todo teu sonho,inda que fantástico...
Embarca nessa aventura...chega à altura... vá com bravura
Desvendar o espaço...deixa o cansaço...lá é inteiro e não pedaço...
Levanta vôo, menina...abra a cortina...segue tua sina...
Que é a liberdade...a tua eternidade...nesse reino serás majestade...
E teus súditos não serão proscritos...não haverá conflitos ou aflitos...
Nesse império não há fronteira...aqui nos separamos, companheira...
Quero te ver junto às estrelas para defendê-las...
Este é o teu mundo...em que viajas num segundo...
Aqui eu fico...sozinho...não sou adivinho...foste rosa, eu espinho...
Sem machucar-te...porque és minha melhor parte... e amar-te
Foi meu alimento... e me libertou do confinamento...ou sofrimento...
De compartilhar contigo o meu abrigo...antigo... e sem perigo...
Onde?... dizer-te?... não ouso... este teu pouso foi meu repouso...
E o único capítulo ... de um livro bonito, mas sem título...