Nos braços da Poesia
Quisera no enlace da poesia, divagar nas entrelinhas do amor, atiçando sentimentos profundos, ofuscados pela rotina.
Entre delírios aflorar a chama que queima sem cessar, no território do coração explorar emoções, saudades, lembranças gravadas na memória.
Nos braços da poesia, quiçá ser poeta, desvendar o segredo do olhar, o sabor do beijo, o afago das mãos, estimulando paixões adormecidas.
No solo da lua, perpetuar minha morada, debruçada no firmamento enamorada, contando estrelas e cometas.
Navegando nas paredes do coração, jorram doçura pura, quisera pintar das cores do arco-íris as fachadas das casas, simbolizando o amor.
Entre as flores que germinam silenciosamente enquanto dorme em teu sono profundo, quiçá me instalar lentamente, exalar em teus poros a essência rara.
Calar-te com um beijo, tendo apenas o universo como testemunha viva, em campos floridos me perder em delírios...
Quisera tanto, expressar o que sinto na breve sintonia do vento, passando e espalhando teus anseios, nos braços da poesia, desabrochar o amor dentro do peito, ao pé do ouvido revelar meus segredos, entoando suave canção.
Quisera te encontrar na névoa da madrugada fria, onde a nostalgia toma conta de meu ser, entrelaçando meus sentimentos com os teus...
Escrito
14.03.2006
Por Águida Hettwer
Águida Hettwer
Enviado por Águida Hettwer em 14/03/2006
Reeditado em 14/03/2006
Código do texto: T123354