Dedilhando...

Angélica T. Almstadter

Sem retoques dedilho no meu violão

A canção que nem pautas mais tem

Saem aflitas, ardendo como vulcão

Da mão que a conhecem como ninguém

Plangente meu canto que sai abafado

Crivado de angústias do peito carente

Pungente de dor se arrasta num fado

Mariado insiste nesse tanger demente

Meu canto entoado faz secretas juras

Puras, nascem como oração de ateu

No breu das muitas noites sem censuras

Embriagado, por ti ele se derrama lento

Sedento amor meu, por teu orvalhado

Pecado de doçura...todo meu intento

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 23/04/2005
Código do texto: T12625
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