Dedilhando...
Angélica T. Almstadter
Sem retoques dedilho no meu violão
A canção que nem pautas mais tem
Saem aflitas, ardendo como vulcão
Da mão que a conhecem como ninguém
Plangente meu canto que sai abafado
Crivado de angústias do peito carente
Pungente de dor se arrasta num fado
Mariado insiste nesse tanger demente
Meu canto entoado faz secretas juras
Puras, nascem como oração de ateu
No breu das muitas noites sem censuras
Embriagado, por ti ele se derrama lento
Sedento amor meu, por teu orvalhado
Pecado de doçura...todo meu intento