Pequenos golpes.

Nos dias tão iguais,

Falta o sentido ou explicação,

Sobram os cigarros, a depressão,

A solidão e as brigas.

E cada canto contém a regressão,

Pequenos golpes na auto-estima.

Janelas abertas o vento “corre” a casa,

É o gato brigando com a cortina,

Eu brigando com o teclado do laptop.

Os restos, as frases perdidas,

Conversas “avulsas”,

O mais breve dialogo ganha uma profundidade sem coesão.

Ao mais leve sinal de novidade a alma fulgi. Depois apaga.

Eu pago o preço.

Procuro explicação na auto-agressão,

E levo como uma arte,

Como se tentar morrer fosse a obra prima,

De um pintor famoso por retratar a “semi-vida”,

Dos “semi-qualquer coisa”.

Sempre tão perto da ausência.

Sempre tão igual.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 03/11/2008
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