1º de maio
Andar, andar, andar, sem nada, no vazio das horas...
Flores na porta dos sonhos, sem cores...
Molduras ofuscadas, vivenciadas...
Vidas, amores...
Desliza sobre o ventre da noite
Miudezas de um dia caustico
Na simetria da aurora rachada
Embalo-me sou sonho senil...
Dessa quimera translúcida, o porvir afoga!
Os campos, esses fartos de grãos.
Ensejos, bocejos, delírio matinal?
Amores afogam o peito...