Último Degrau

Perante sua imagem lá está ela,

O som do violino triste do rústico solar

Percorre indo e vindo pelas nuas paredes,

Novamente a orquestra da ilusão lhe visita

Sua face já marcada pelas noites cabuladas,

Seus olhos tão profundos e solitários,

Denotam o calvário de sua jornada

A razão de sua desventura

Esteve trancafiada por trás do muro das lamentações

A janela vestida com o suor de muitos anos,

Cabendo somente a ela enxugá-lo.

Sei que ela já não mais sorri,

Não quer acreditar que o cavalo negro já se foi

Nem ao menos teme a escuridão,

Quão pouco a navalha que a toca

Feche os olhos e verá o caminho,

Ou se embriague com o eco e cairá em devaneio

Eis o seu último passo...