IRONIAS DESPIDAS

Meu corpo floresce em cinzas,

Renova-se, rejuvenesce

Mas é apenas corpo, matéria

Células descarnadas de ser

As ideias não gritam mais

Estão velhas e hediondas

Sobem e descem

Descem e sobem

O corpo é brinquedo de criança nenhuma

Ironias despidas e cruas

As que correm na rua

Correm sem pressa

Deslizam e aplainam

Consomem-me as ideias inertes

Então eu flutuo em mim

Brinco e gasto cada sonho

Analiso-o, bebo-o!

Estico meus braços de cetim e corro,

Corro, corro, corro…

SophieVonTeschen
Enviado por SophieVonTeschen em 18/11/2008
Código do texto: T1290735