IBIPORÃ - CIDADE DO NORTE DO PARANÁ (Parte II)
A minha meiga avozinha - Luzia Capevichia Bevilacqua Caligiuri, com sua doçura e ternura,
contava-me lendas fantásticas da terra natal
do vovô Pasquale Francesco Caligiuri, que nasceu
na Comune di Savelli - província de Catanzaro-
Calábria - Itália.
Ensinou-me a cantar a famosa canção "Santa Luchia".
Ainda sinto o contato da pele macia de seu braço,
quando de braços dados e mãos nas mãos caminhávamos
da sua casa até a minha,
nas costumeiras visitas às tardinhas.
A sua elegância e sua doçura
faziam-na parecer uma mocinha.
Na sua velhice mostrava os traços suaves,
refletindo na beleza do rosto sereno
o espírito sábio, pleno de calorosas demonstrações
de ternura rica.
Na nobreza de sua linhagem
pude absorver a maior Mensagem de Amor,
porque Deus concedeu-me a grandiosa dádiva
de tê-la como Avó.
Minha querida Ibiporã
foi aí que tive a ventura de conhecer
a maravilhosa e inigualável D. Ceres Loures Bueno Funfas
(conhecedora primeira de meu dom poético,
que presenteou-me no maravilhoso período de convivência,
com as suas inteligentíssimas e elegantes maneiras de expressar a riqueza e a profundidade
de seu espírito nobre e elevado.
Tive a alegria de contemplar também muitas vezes os semblantes
de seus adoráveis filhos - Funfas Neto, Rogério Funfas
e Wilsito Funfas).
Havia sempre a alegria de meu primo Tim
que gostava de levar os seus primos e primas
aos circos, aos parques.
Minha Ibiporã - tão pequenina-
e tão grande ao mesmo tempo.
Canto neste poema o meu louvor
e o meu reconhecimento ao seu chão tão querido,
que povoou de sonhos belos o meu viver,
que viu-me nascer, amparou a minha infância
e um pouco de minha adolescência.
Minha Ibiporã que encerra
no precioso chão de sua terra
a vida mais rica da qual a minha alma transborda,
pois nasci em meio às suas Belezas Naturais.
Digo-lhe, com emoção, que a minha existência
neste Planeta e na terra do Norte do Paraná
é a glória, a realização, porque vejo
e sinto as Belezas e Grandezas da Vida.
E minha Ibiporã pode hoje comigo alegrar-se,
porque tudo o que sou devo ao seu clima familiar
e a vivência com a sua gente honrada,
possuidora da mais sadia moral.