Não Rendas!

Não te rendas...

Assim toda coberta

a morte não tarda!

Não te rendas...

Aos poucos trocados:

aos miúdos que para os porcos

São sempre jogados.

Não te rendas...

Ao tédio da mentira,

porque para teu sorriso

só precisas de uma maçã.

Não te rendas...

Ao tempo passado

Cuja cortina não tem mais cor.

Não, não te rendas...

ainda poderemos juntos

Corrermos cansados

em busca do presente

galopando serenos,

dias claros,

noites insones...

nós dois teremos o futuro

que se abre sobre nossos olhos de céu.

Verônica Aroucha

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 28/11/2008
Código do texto: T1308096
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