em homenagem ao Rosa, na terceira margem do rio

parece (aparenta) não ser importante o que os olhos vêem,

pois o sol, tão belo e profundo, não se permite ver

com a pureza possível de cada olhar...

basta-o ter como imaginação e metáfora,

daquilo que, na ânsia de ser perene,

morre a cada dia e surge outra vez,

com a mesma forma e essência,

intangível, eterno e a cada instante se esvaindo:

cada um de nós, diluídos no devagar depressa do tempo,

como as curvas perfeitas de uma rosa singular!

Clóvis Luz da Silva
Enviado por Clóvis Luz da Silva em 01/12/2008
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