FOLHEANDO WERTHER
Releio as cartas de Werther
e decido me encontrar aqui
neste eco, neste íntimo
neste ser(tão) servo de angústia.
Giro e giro. Girândola!
Metamorfose sem fim.
Céu no atol das lembranças:
coração em ritmo de águas.
Mas, e o amor? E a paixão?
E a loucura incendiária dos corpos?
Em nuvem, a memória se cala.
Chove saudade na mesa da sala.