BEM QUERER, BEM SORVER
Aos poucos,
cada vez mais teu e amante,
me sinto contigo ardido na pele de uma febre igual;
teus olhos, cabisbaixos, em pudor,
aguardam que as alças da blusa caiam
sem temor dos seios imóveis, cheios de bem-querer.
Aos poucos,
cada vez mais teu e amante,
me sinto contigo respirado em um espaço próprio;
tua boca, sem os lábios da minha,
derretem meus beijos abaixo do umbigo
no êxtase da voz sem clareza, por tanto bem-sorver.
Djalma Filho
Enviado por Djalma Filho em 27/04/2005
Código do texto: T13247
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