bagaço

fica o rodeio

o filete de luz

que me faço

que me agrado

apagado o recado

fica o dente marcado

no lábio manchado

entre eu e o meio

brilho pra mim

canto pra mim

sorrio pra mim

espaço riscado

nariz revirado

recolho a tralha

do campo de batalha

assino no anonimato

mas um dia de fato

o que parece último ato

fim de feira

entre poesias amassadas

verbos e prosas passadas

dormita a vontade

de trancar a matrícula

fazer uma cena ridícula

apagar a última estrela

enfiar na bolsa a amizade

sentar e chorar a orfandade

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 02/04/2006
Código do texto: T132786
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