HOMÔNIMOS
Viajo distraído a ler poesias
De antigos amigos,
De antigos Sites,
Antigos hábitos,
Meu mais antigo vício,
Minha mais doce virtude
Que, de tempos em tempos,
Me acorda e me chama:
- Vida, viva!
Então, procuro por meus pares
E encontro nas suas e minhas letras
Antigos encontros...
E viaja a minha alma
Por antigos caminhos
E neles encontra
Tantos
Pedaços
De mim...
Da busca dos meus pares,
Bato o olho em tantas belas palavras
Que me levam cada vez mais longe,
Por nomes novos que dantes não estavam aqui...
Mas, de repente, encontrar o mesmo nome da mais antiga lembrança,
Da menina que partiu tão cedo
E deixou na minha boca e na minha alma
A marca de fogo do primeiro beijo de amor,
Arrancou-me de mim para viajar pelo absurdo
De pensar que tudo não passou de um sonho
E que aquele dia, em tempo tão remoto, nunca existiu...