Arde Mulher
mordaz!
arde mulher,
arde igual
fruta de
comer.
arde,
toca flauta,
remaneja o
verso,
molda a valsa
arauta,
e benze
os que já não
pejam !
mordaz destino,
sem vesga,
sem rumo,
feito só de
prumo de ir !
mordaz!
sua vida,
audaz!
fugida de um
prato azulado
para outro
que zune
ouro alado!
lembra só:
aqui só
deixou
lembrança
dos apagos!
arde fruta,
arde,
mulher!
adeus!
bela e formosa
dama dos
compadres
sem bênção,
vida
da próxima
aurora !
fica sua imagem
que agora
arde
bem no fundo
do coração
dos sozinhos:
dor de miragem,
falta que me faz,
dormir sem seu ninho !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 06/04/2006
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