VIDA E MORTE

Te espantas quando digo que

Vivo e morro a cada instante,

Quando respiro.

Que sou ao mesmo tempo

Vivo e morto no hiato...

Me pertenço totalmente

E sou o todo, cheio dos segredos,

Nos picos onde a onda me inverte:

Hora na luz, hora na sombra...

Me encontras sempre no meio.

Por isso só me compreendes assim:

Humano de tudo, no andar e no falar,

No corpo e meus fluidos a que tanto amas

Porque te trazem energias que não compreendes.

Um dia te chamarei para respirar comigo...

Te levarei na harmonia do ser-não-ser,

Então, saberás quem sou e quem és

E o segredo estará revelado:

Verás com os olhos meus

E já não terás a certeza

Se és eu ou tu

E todos os olhos de toda a humanidade

Serão os teus olhos que viram tantas coisas;

Saberás, enfim, que os teus olhos não te pertencem,

Mas, que são as janelas abertas para imanifesto ver...

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 14/04/2006
Código do texto: T138810
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