Teto de Azul
devagar fui,
andando com
meus passos,
mais pro lado,
pouco de frente.
abatido e
sincero,
finalmente
abri a carta,
com asas de
perfume.
ainda andando,
ela dizia
que tudo
havia acabado,
e me senti
igual a qualquer
um
que levanta
de alguma
cabana abafada.
fruto fácil,
quase chorei.
quase de fraco
fiquei.
licões de vida,
meu caro
aprendiz,
de histórias
mal lidas:
minha mulher -
adeus! -
foi como o vento,
passou de fraco,
e depois tomou
forças
de Zeus.
e aprendi:
no amor em
nada se confia:
é um grande
buraco,
que fundo
não tem.
e lá,
tudo se perde,
e, num minuto,
qualquer,
seu
íntimo
vira um deserto
de sozinhos.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 14/04/2006
Código do texto: T138891
Classificação de conteúdo: seguro