GUERRA

O sangue irriga a terra.

O suor é de sangue.

A bomba assovia a canção da morte.

O foguete cadente imita a estrela.

Temporal que destroi.

Chuva de balas assassinas.

A senha é a sirene.

Explosão de bombas.

Trovão que engana.

Aves de aço,regorgitam a morte.

Ressaca de ódio é a tonica.

É hora de contagem:

Viuvas,orfãos,mutilados,desabrigados e

lares destruidos.

Só o céu por guarida.

Nuvens de fumaça e poeira.

A mina que trai, mata ou mutila.

Covas abertas, por bombas/coveiras,

Se enchem de corpos sem vida.

Se luta morre, se morre não luta.

Não há responsaveis e nem punidos.

Todos se dizem ter razão.

Tudo se justifica.

Menos a PAZ.

Londrina,04/05/2003.

Raimundo Otoni Caldas.

Raimundo Otoni
Enviado por Raimundo Otoni em 15/04/2006
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