Velejando

Velejando.

Ele sabe o quanto sou abundante.

Mesmo antes de o mar recuar...

Então, sem piedade aproveita meu pranto se formar e navega nas cortinas transparentes do meu mar.

Como sabe velejar... e se deleita.

Nem respeita o quebra-mar

Nem o coração da correnteza.

Entra por inteiro, ligeiro, não impotando o que vai matar.

Zomba da lentidão das minhas ondas...

O vaivém sem ter fim.

Sabe que é mais poderoso

Tem o espírito da imensidão...

E me aniquila; me seca, quando totalmente, me toma.

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 01/05/2005
Código do texto: T14048
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