Para nós

Os sujeitos deste poema

não estão ocultos.

Todos participam em versos

da minha construção.

A base é o coração.

E nela, não há distinção.

Todos se ocupam de forma igual

O físico não comporta um edifício

Se talvez pudesse ilustrar,

seria um círculo,

cada qual com sua linha.

Curva e incerta como a vida pede.

E modulada no barro,

pois não há tempo

que segure uma única forma.

A chuva inunda o sertão

e transforma a solidão

num verde de esperança

que reluz à aproximação

dos homens em outros homens.

GN 18/04/2006