Poema de beira de praia (noite)

O mar agita o poema que guardo no peito,

a lua grita e reclama os versos

que a ela pertencem por direito.

A caneta corre livre como bailarina

por sobre o palco branco das folhas de meu caderno,

as rimas se misturam tortas

fazendo de meu verso um inferno.

O vento frio me agride nas costas

e meu coração se revolta

querendo calor e respostas.

Os ponteiros do relógio correm

tornando as horas loucas.

Tempo, tenho bastante.

As vidas é que são poucas.