PRISÕES

Te emprestarei os meus olhos para que chores...

Não sei por que insistes tanto em querer

Ver as coisas desta dimensão...

São ilusões, eu já sei...

Por que não sabes ainda

Que a tua vida não é essas memórias

Que insistes em quere-las repetir?

A verdade dança nua na tua frente,

Mas preferes ver toda a pobreza

Como se isso fosse bom...

Emprestarei os meus olhos para que chores,

Por que, ao abri-los, te mostrarei daqui

A verdade que anda nua

E sentirás o que é o horror de se saber preso

Ao mar de enganos ainda sem as asas de voar...

Te mostrarei a minha miséria, por causa da verdade nua,

E verás que todos os encantos que queres ver

Não passam de ilusões que impregnam a tua mente,

Criando e recriando sistemas, igual o abrir-se de uma porta

Para um pássaro preso num imenso castelo sem janelas...

Tudo o ele que terá é a impressão de mais espaço

Sem apercebe-se de que apenas a prisão aumentou....

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 21/04/2006
Código do texto: T142762
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