Morro da Vida
Lá no Morro da Vida
Habita a Maria
Mulher de fibra
de mãos calejadas
de pés suados
de rosto sofrido
Sobe e desce constante
É a labuta da Maria
Vagueia na rua
Vendendo seu pão
Finda o dia
E nem um tostão
Maria rir
Maria chora
Mas tem esperança
e por justiça implora
Desistir da Vida
Não é seu lema
Desistir do Morro
É seu dilema