Ser poeta
Para sonhar com o espaço infindo
com explosões de planetas e estrelas
e com astros distantes e inalcançáveis.
Para trilhar o caminho dos comentas
como um lobo do mar
que navega por oceanos distantes.
Para encontrar os sonhos perdidos no tempo
e desvendar o mistério de encontrar-se em outros astrais
só com a força do pensamento.
Para pisar em terras distantes,
aportar em ilhas inexistentes
nos mares criados pela imaginação.
Para apaixonar-se pela mulher de seus sonhos
que só existe em seus devaneios.
Para fazer parte de um por do sol
e derramar lágrimas ante sua beleza.
Para ser feliz por ser simples
e por não ter tempo de tristezas.
Para ser triste por um milhão de motivos
e chorar sem saber o porquê.
Não é preciso ser astronauta,
nem marinheiro,
nem místico,
nem telúrico,
nem louco,
nem metafísico.
Basta ser poeta
27/03/1983 – Rio de Janeiro