RONDA CRUEL

Por que vens assim do nada

Quando já te tenho no esquecimento

Por que me atiças

Com uma ínfima fatia de atenção

Por que não ficas em tua mudez

Por que não desapareces de vez

Desatino das minhas ânsias

Sombras do meu deserto

Sempre por perto, mas distante

Sempre evasivo, inconstante

Por que vens assim do nada

Quando já te tenho no esquecimento

Sigas teu destino como as ondas do maremoto

Vás neste moto perpétuo de tortura

Deixes-me com minha gastura

Com minha tristeza

Leves tua canção

Leves tua bagagem

Não me apareça mais

Adeus!

Denise