Maturando o corpo da palavra

Há dias que mastigo o tempo

lavo-me nas águas do choro;

mais um dia sem poesia

engolindo vozes em conchas.

Flerto com alma do vizinho

gasto as palavras que calo

no pensamento enfileirado

...ainda sem colocar no papel.

Escorre o tempo junto a chuva

que cai no mesmo ralo;

apago as emoções,

e no vazio que me enche o espírito

deixo que dancem palavras;

quiçá um dia nasça

uma poesia com corpo e alma.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 28/02/2009
Código do texto: T1462680
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