até logo.

Perdoe-me a pressa, querida

mas é isto o que a cidade me exige.

Todavia não me rendo,

e toda essa correria até entendo.

Perdoe-me a ausência, querida

mas é que eu sumi no ir e vir do dias

e na hostilidade das ruas.

Quando puder, volto pras carícias tuas.

Perdoe-me a demora, querida

mas eu me perdi nas sentenças fingidas.

Vou procurar o meu mundo,

fugir de tanto desvio,

e se ele deveras não existir, eu crio.

Adolpho Ferreira
Enviado por Adolpho Ferreira em 01/05/2006
Reeditado em 22/01/2009
Código do texto: T148316