Primavera



Ó primavera não mora
num resquício de desejo
na taça da tua corola
depositei o meu beijo

Primavera, se te escondes
à revoada de amores
o vento rude responde
à brisa, não me namores.

Meu corpo torna-se cálido
à presunção de tuas cores
mas lá fora, ramo pálido
nu, reclama das dores
do tempo que nos apanha
pois que em tantas primaveras
será, do inverno, a sanha.
Elane Tomich
Enviado por Elane Tomich em 23/03/2009
Reeditado em 18/10/2013
Código do texto: T1502171
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