UM POEMA FUTURISTA

UM POEMA FUTURISTA

Juliana S. Valis

Um poema futurista se atirou

No cais do amor transcendente,

Como se a paz que houvesse na gente

Transbordasse na luz que restou...

E, de fato, no momento inexato,

Em que o poema no mar se afogou,

O carro da vida derrapava no asfalto,

Sangrando como máquina que se humanizou...

E quando você pedirá explicações disso tudo ao universo ?

Quando seu verso revelerá sua face, que não é virtual?

Você caminha entre as horas, como um sonho disperso,

Mas a vida é tão breve, enquanto o pensamento descreve

A trajetória, entre o pranto e o riso, de cada mortal !

Ou, talvez, lá no canto da alma onde a verdade se ativa,

O coração saiba ler os fatos e os sentimentos que vão;

Muito provavelmente, em 2084, já não estarei viva,

Mas ainda estarão vivas essas letras e a força de expressão.

Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 15/04/2009
Reeditado em 16/04/2009
Código do texto: T1541278
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.