Se me cobrarem um dia

Se me cobrarem um dia

Por conta de alforria

O que fiz da família

Que me foi confiada?

Um coração de alegria

Muito cheio irradia

Na tarefa cobrada

Primeiro eu a quis

Querendo-a, desejei

Desejando-a esperei

Esperando fui feliz

Sem saber se vinha

Eu a imaginei

Ainda era menina

E com ela brinquei

Eram pedras e sabugos

No mundo que encantei

Num carinho profundo

Eu sempre a amei

Veio o tempo que é mudo

Acordar minha voz

Hoje o pouco que é tudo

São vocês para nós

Os nós feitos nos laços

De afeto genuíno

Antes mesmo do abraço

Quando eram pequeninos

Hoje ocupam espaços

No interesse e atenções

Porque são as riquezas

De nosso corações!

Marilú Santana

Marilu Santana
Enviado por Marilu Santana em 07/05/2005
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