TORMENTOS

Coração de tormentos...

Tormentas,

Ventos,

Escuridão...

Abres as tuas portas e não vês...

Não vês a luz que entrou em teus porões...

Não vês os teus pássaros cativos que voaram...

Não vês que eles não voltaram?

Por que te apressas em juntar tuas ofertas?

As pétalas são tão belas

Á luz do Sol

No altar fresco de relvas...

No silêncio das noites claras de Lua

No silêncio dos dias de luzes

Diáfanas,

Claras,

Cristalinas,

Vem o viajor que vê

Para as pétalas e perfumes...

Na taça servida,

Vem beber do vinho

Todo o amor que ele contém

E descansa os olhos dos horrores dos caminhos

Postos na beleza das pétalas ofertadas...

Mas, se os tormentos que habitam a Fada

Cegam-lhe a alma e ela, confunde-se e parte,

Abandona seu mister; partirá também aquele

Que encontrava ali um recanto aprazível para pousar...

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 14/05/2006
Código do texto: T156125
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