TORMENTOS
Coração de tormentos...
Tormentas,
Ventos,
Escuridão...
Abres as tuas portas e não vês...
Não vês a luz que entrou em teus porões...
Não vês os teus pássaros cativos que voaram...
Não vês que eles não voltaram?
Por que te apressas em juntar tuas ofertas?
As pétalas são tão belas
Á luz do Sol
No altar fresco de relvas...
No silêncio das noites claras de Lua
No silêncio dos dias de luzes
Diáfanas,
Claras,
Cristalinas,
Vem o viajor que vê
Para as pétalas e perfumes...
Na taça servida,
Vem beber do vinho
Todo o amor que ele contém
E descansa os olhos dos horrores dos caminhos
Postos na beleza das pétalas ofertadas...
Mas, se os tormentos que habitam a Fada
Cegam-lhe a alma e ela, confunde-se e parte,
Abandona seu mister; partirá também aquele
Que encontrava ali um recanto aprazível para pousar...