INFELIZ

A inocência dos teus verdes anos,

a candura da tua adolescência,

todas as rosas da tua existência,

perdeste no amargor dos desenganos!...

Que és agora? -- Uma mulher perdida!

eus sonhos? Tuas ilus~oes da vida?

-- Foram jogados num bordel sem luz1...

E, dentro do teu peito amargurado,

existe um coração despedaçado

ea desbotada sombra de uma cruz!...

Tu'alma chora por te ver forçada

a sorrir, sempre, àqueie que te chame!

Ao animal sedento de desejo,

tu deves, sempre, oferecer teu beijo!

Que és agora? -- Uma mulher infame!!!...

Julio Sayão
Enviado por Julio Sayão em 15/05/2006
Código do texto: T156665