Poesia da esperança
Soprou, de onde não sei,
o vento da mudança,
desnudou o pobre e o rei
e quem não era virou criança.
Veio lento o tal vento.
Brisa leve e faceira
provocando brincadeira
soprando sem lamento.
Bailou folha e poeira
dançou galho, árvore inteira
num bailado intermitente
provocado pelo vento insistente.
Soprou, eu vi, eu sei.
O constante vento da mudança
e trouxe o gosto que provei
o mel, melado da esperança.
E tanto ventou a tal ventania
que varreu as nuvens pesadas
e clareou de tal forma o dia
que as tristezas viraram águas passadas.
29/09/04