Recado malcriado

Rosa Pena
 
Gosto das madrugadas!
Do silêncio delas.
Das línguas paradas
cansadas
das bocas fechadas.

Gosto da madrugada!
Sem ruídos
Sem ouvidos
Apenas os meus sentidos.

Gosto da madrugada!
Para pensar nele
Para poetar pra ele
Para ler poemas dele.


Gosto da madrugada!
Hora de sonhar
Hora de imaginar
Hora de planejar.

Gosto da madrugada!
Assim...
Descrevi tintim por tintim.
Só abro mão dela
para o meu amado.
Mas ele não liga pra mim.

Gosto da madrugada!
E não suporto a invasão
as entradas na contramão
em meu coração.
Não estão com nada.

Gosto da madrugada
e em defesa dela
fiquei malcriada.

Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 14/01/2005
Reeditado em 26/06/2010
Código do texto: T1580
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