Rasgo

Protegido atrás do escudo

contra o lugar-comum,

vou ao topo do mundo

em espiral.

Voo mais alto

que qualquer homem-comum,

emburrecido pela música da rádio,

já voou.

Me envolvo nos braços da novidade.

E não tem mais volta;

uma vez vislumbrado,

o fado é teu.

Nada além do peso

do viver de olhos atentos.

E assim está bem,

é justo.

O escudo contra o homem-comum

é tinta na cara e um sorriso inebriado;

e assim está bem,

é justo.