Um poema em carne viva

Em meus dedos tenho o sangue

por tocar-te antecipado,

de cima de tudo,

com todo o recato.

Pago a senteça

por ser eu mesmo,

por não ser você.

Todo o tempo sangro...

As máquinas de tortura

não enganam!

A noite só acaba quando fecho os olhos,

e as vezes sonho com sua boca sangrenta.

Pior que é verdade:

As máquinas de tortura não mentem.

Talvez apenas disfarcem.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 09/05/2005
Reeditado em 12/01/2012
Código do texto: T15908