Sou mulher

Busco a razão

Na beira do abismo

Vejo as águas correrem

Rumo certo... Solução?


Penso, claro!

Meus cabelos embranquecem

As rugas aparecem

As águas continuam a correr

Na mesma direção

Não mudam seu rumo

Não há solução...


O que meus olhos vêem

Minha mão não escreve

Meu coração cala

Penso...


Penso no passado

Que não volta

Passou...

Penso no presente

Vejo a água correr simplesmente,

Penso no futuro

Não vejo,

Está escuro...


Peço então ajuda ao vento

Que me oferece asas

Pego carona

Vôo alto, pro infinito

Encontro o horizonte

Vejo a Esperança

Bendigo...


Sinto ânimo

Coragem pra voltar

Na beira do abismo

Não é o meu lugar

Peço ao vento

Que me leve a algum lugar


E na viagem de volta

Vejo o mar,

Cachoeiras,

Gaivotas a voar

Anunciando que há vida em algum lugar


Vejo o rio fazendo uma curva

Procurando um caminho

Pra suas águas despejar

É a solução que acabo de encontrar


Penso...

Se mudar meu rumo

Como as águas mudaram também

Quem sabe encontro a resposta

Que há muito tempo não me vem


Meus olhos vêem

Meu coração sente

Minha mão escreve

É esse o momento de recomeçar.

Campinas/21/5/06

15.30h





Augusta Schimidt
http://geocities.yahoo.com.br/coletaneadosaber_05



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Augusta Schimidt
Enviado por Augusta Schimidt em 23/05/2006
Código do texto: T161314
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