Pele nua
Angélica T. Almstadter
Te afasta da minha pele,
Não te agrada meu perfume
Tão pouco meu furor.
O banho de prata que ela recebe;
Cegaria teu olhar de ciúme,
Desbotaria para sempre nossa cor
Te afasta sem menear a cabeça
Sem voltar um passo atrás
Talvez minha nudez nem mereça
A paz que dela quem sabe, revele
Não toque minha pele nua
Me dispo da minha inconseqüência
Dos medos que guardei de ti
Enciumado da mesma lua
Que um dia te ofereci
Na intimidade da minha carência