Pele nua

Angélica T. Almstadter

Te afasta da minha pele,

Não te agrada meu perfume

Tão pouco meu furor.

O banho de prata que ela recebe;

Cegaria teu olhar de ciúme,

Desbotaria para sempre nossa cor

Te afasta sem menear a cabeça

Sem voltar um passo atrás

Talvez minha nudez nem mereça

A paz que dela quem sabe, revele

Não toque minha pele nua

Me dispo da minha inconseqüência

Dos medos que guardei de ti

Enciumado da mesma lua

Que um dia te ofereci

Na intimidade da minha carência

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 10/05/2005
Código do texto: T16234
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