Louco Que Me Faz Louco
Louco que faz louco,
grito que gera dor,
dor que me assume.
Tempos difíceis
estes de amar,
e correr atrelado
a este amor,
que de aventuras
comigo,
não quer nem pensar.
Faz tempo,
esta danada de ausência
que rompe os dias
e coroa de perdas nas
minhas falsas horas de vintém,
e me agride como
se eu fosse folhagem
seca.
Sou fraco porque
sou partitura
inacabada.
Mas não é o bastante,
só quero de seu consolo
coberturas de caramelos
com sabor de quinze anos.
Porque sou desdém
do meio-dia;
marco horas
na vida
e nem sei quem é ela.
E me dissipo
na escuridão.
Se quiser chamar um nome
chame então Homem de Lá,
pois ele está bem no fundo
de algum
poço sonolento de
musgos.
Chame e me apanhe
e me leve pro
fim de seu mundo.
Mesmo que não haja portas,
sempre há uma retina
de ser rei,
e você formar comigo
meu par de estrelas.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 27/05/2006
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