O cobrador sofrego,...

O cobrador sofrego, cochila

Salteando nesse que conduz

De megeras, caras se alçam

Labirintos sortidos sem luz

Olhares de outras, solidão

Marcas batidas do dia

Rasgos, rotos perfumes

Fugas espremidas da vida vadia

Tantas portas que se fecham

Passantes, bolsas, sem pérolas

A boca aberta, sólido ar

Visões arcaicas das soleiras

Afagos no ponto final

Sonhos vagados em alhures

Passe para cortar caminho

Só, a Lua sem estrelas e flores.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 11/05/2005
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