O RIO AMADURECIDO E SOLENE

Dizem que além da torre existe um profundo espaço

Zangado e áspero, não tão jovem nem tão regular.

É uma voz quente de sol e jardins estranhos

Nectarinas de véspera e difíceis campos de eitos.

Lá se perde a noção de espaço e tempo, anos,

Fragmentos de risos e caminhar de flancos.

Lá se ajusta o que é indefinido e sacro,

O que é bonito e ousado, a malicia sagrada

Do sorriso e de bailes que não se findaram

Mas falta um selo, o carimbo que autentique

E transfigure os loucos concertos amorosos.