para ti, deusa das esferas planáticas

quem da ausência

bebe o sumo amargo,

esse amor vilipendiado,

onde afogas

o trago ?

quem fermenta a cevada,

esse corpo arado,

onde, mal amada,

és rosto magoado ?

quem faz de ti planalto

e deixa-te àrida

no imenso asfalto

em que és facto,

outra personagem ?

quem da verdade trocada

faz de ti desejada

deixando que sejas

a nunca sonhada ?

responde, quem ?