APENAS LEMBRANÇAS

As gotas desenham sua face no espelho d’água

Assim como riscam na janela lágrimas das nuvens

Uma chuva fina relembra minha infância e saudade

nas nuvens inventivas sob a moldura dos sonhos.

Sinto o ar gelado e úmido da tarde chuvosa

Aperto meu peito dessa saudade solitária

Vez que ainda agora sorria alegremente

a criança que na minha frente dorme agora.

Perfaço os muitos anos de jornada festiva

Me alinhando no tempo e nas verdades

Quase durmo entregue a interrogação

Como se o mundo parasse para eu pensar.

“Dorme filhinho do meu coração”

Gostosa música... É tatuagem na memória

Tento eu guardar as notas em harmonia

Para cantar como solitário minha estória.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 13/05/2005
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