Poesias de Bolso 94 ( Um triste morfema )

Vestia o nu

Da noite enlutada

O susto da madrugada

Nos olhos de pedra

O pulso da vida

Nem quase artéria

Dormia o sono dos sujos

Estava ali o mendigo

Seu destino de morfema

E seus sonhos de pedidos

Já nem cachaça

Sequer comida

Mas rasgo de lua

Sob a nuvem úmida

Trazer o sol

Que a tudo aquece

E ajuda a esquecer

O que, meu Deus,

O quê?

Aldo Guerra
Enviado por Aldo Guerra em 27/06/2009
Reeditado em 02/07/2009
Código do texto: T1670864