Poesia minha...

Lampejo em seus olhos como suas mãos acariciam

A metade de mim que é sua e a outra.

Sinalizo pedaços que caem

E os que nunca serão colhidos na bandeja

Das indiferenças.

Esboço um abraço que é seu

Por não ter nunca encontrado tão perfeito encaixe

Nos outros braços que enlacei.

Focalizo um seu limite

No escuro que transformo a seu grado,

O bom suspiro que me entorna alegria

Quando te odeio e te amo

Em correta face harmônica.

E breve é o acolhimento de suas mãos

Na tarde que agoniza folheando o mapa do destino

Em um temporal que cai

Mais fora do ar, que a gota silenciosa.

Eliane Alcântara
Enviado por Eliane Alcântara em 14/05/2005
Código do texto: T16916